- Curiosidades


  • Nova Zelândia é a capital mundial das ovelhas, pois existem mais ou menos quarenta e seis milhões de ovelhas no território, para os apenas três milhões e seiscentos habitantes, ou seja, são quase 13 ovelhas por pessoa.
     
  • A trilogia cinematográfica O Senhor dos Anéis foi filmada em áreas da Nova Zelândia.
     
  • Os seriados de TV Hercules: The Legendary Journeys e Xena: The Warrior Princess foram integralmente gravados na Nova Zelândia, explorando ao máximo durante todas as temporadas de ambas as séries as belezas daquele país.

  • A Nova Zelândia é um dos menores e mais afastados países desenvolvidos do mundo.
    • A Nova Zelândia é um dos países mais liberais do
      mundo em termos de comércio exterior.
    • A educação escolar na Nova Zelândia é obrigatória entre as idades de 6 e 16 anos.
    • A Nova Zelândia não é única só na geografia, como solitária ilha no Pacífico Sul.
    • Os Maori são um povo tribal, vindos da Polinésia para Nova Zelândia há mais de mil anos, que historicamente ocupam mais de 79 locais em todo país.
    • O clima da Nova Zelândia é temperado com invernos relativamente amenos e úmidos, e verões quentes e secos.  Janeiro o mês mais quente e julho o mais frio e as temperaturas são mais altas na parte Norte do país, a qual experimenta um calor subtropical no Verão. O inverno traz neve em abundância aos Alpes do Sul e às montanhas do centro da Ilha Norte. 
    • O tamanho da Nova Zelândia é semelhante ao Japão e à Grã Bretanha ou à Itália. Mas o país é composto por duas ilhas principais: Ilha do Norte e Ilha do Sul, que são separadas pelo Estreito de Cook.
    • Para quem prefere viagens aéreas, há a disponibilidade de vôos domésticos entre as principais cidades e áreas de veraneio, sendo que as cidades menores são atendidas por linhas aéreas regionais.
    • O Governo neozelandês tem investido grandemente em saúde, sendo alguns serviços gratuitos e outros pagos.
      Entretanto, o aluno estrangeiro só tem acesso aos benefícios disponíveis ao adquirir um plano de assistência médica, que pode ser feito antes da chegada no país. Existem muitas companhias de seguro conhecidas. 
    • Grande produtor de carne de cordeiro, veado e gado, a Nova Zelândia também conta com a fabricação de produtos lácteos. Frutas, legumes e verduras são frescos, fartos e baratos. Os alimentos podem ser encontrados em supermercados: in natura, enlatados, congelados, embutidos etc.

    - Idioma

       São idiomas oficiais da Nova Zelândia o Inglês e o Maori, sendo o segundo somente falando em algumas regiões e por pessoas descendentes do antigo povo que habitava as ilhas. O inglês segue as regras e costumes do inglês britânico e possui pequenas diferenças de sotaques entre as ilhas e regiões e muito próximo do inglês falado na Austrália. O viajante que domina um pouco o idioma não terá dificuldades de se locomover ou conversar com qualquer cidadão neozelandês, inclusive no trânsito e cidades.

    - Selo

     


       O selo postal acima “Nouvelle-Zélande” (WNS nº. UN223.06) foi emitido pela Organização das Nações Unidas (Post United Nations Geneva) em 5/10/2006 e compreende uma série de oito valores sobre “Coins and Flags”.

       Abaixo (lado esquerdo), um selo de 1923 (Scott: 175) que mostra o mapa da Nova Zelândia. O selo central mostra o mapa das 200 Milhas de Zona Econômica Exclusiva da Nova Zelândia. Do lado direito, um selo (Scott: 649) que mostra o mapa com as coordenadas geográficas do país.


      História

       Os primeiros moradores do arquipélago da Nova Zelândia são os maoris – indígenas polinésios que ali chegam por volta do século X... O país é descoberto em 1642 pelo explorador holandês Abel Tasman. Mas é o inglês James Cook quem reivindica as ilhas para a coroa britânica em 1769.

       Em 1791, a Grã-Bretanha reclamou a posse das Ilhas Chatham (Chatham Islands) – nome derivado do primeiro navio que aportou na ilha. A população nativa era de Maoris que havia se instalado a centenas de anos atrás.

       Atualmente, a ilha pertence a Nova Zelândia, mas tem um conselho distrital com autoridade territorial separada. O selo abaixo, emitido em 1989 (Scott: 950), reconhece a tradição Maori e mostra o mapa de um grupo de ilhas.




    Missionários britânicos instalam-se no território em 1814. Em 1840, o Tratado de Waitangi garante aos maoris a posse das terras de seus ancestrais... No entanto, o acordo é violado pelos colonizadores britânicos, provocando guerras sangrentas entre os brancos e os maoris. Os nativos são derrotados e expulsos de suas terras, gerando um litígio que persiste até hoje...

    Abaixo, uma emissão de 1990 (Yvert: B72) sobre os 150 Anos do Tratado de Waitangi (1840-1990).





    - Selos são emitidos pela Nova Zelândia desde 1855.

       A primeira série (1855-1872) é conhecida por “Chalon Head” – nome dado ao retrato da rainha Vitória usado nos selos de várias colônias. Este nome deriva de Alfred Chalon – o artista que pintou o retrato. O mesmo retrato foi utilizado nos selos da ex-colônia Nova Escócia (Canadá), Bahamas, Granada, Queensland (Austrália),entre outras.


       O primeiro selo postal é chamado de “Chalon Head”, foi emitido no dia 18? ou 20/07/1855 (Scott: 1), com valor facial de 6 pence (vermelho), o qual na imagem acima está em P&B, mas ele é bem parecido com as imagens mostradas no interior dos selos (abaixo), embora de valor diferente...

                       Selo emitido em 1980 quando se comemorou os 125 anos do primeiro selo postal.


      Selo emitido em 2005 quando se comemorou os 150 anos – sesquicentenário do primeiro selo neozelandês!

    - Brasão de armas

       O Brasão de armas da Nova Zelândia é o símbolo máximo daquele país. Até 1911, o país utilizou o mesmo Brasão de armas do Reino Unido. A partir deste ano (1911), foi instituído o seu brasão próprio, com pequenas modificações em 1956.

    Desenho

       Desde o primeiro brasão de 1911, o escudo central permaneceu inalterado, de acordo com as regras da heráldica: um escudo quartelado contendo no primeiro quarto quatro estrelas representando a Constelação do Cruzeiro do Sul, como a bandeira neo-zelandesa, mas com diferentes proporções; no segundo quarto a pele macia de uma ovelha indicando a indústria da pecuária; no terceiro um punhado de trigo simbolizando a agricultura ; e no quarto, dois machados representando a mineração e a indústria. No meio há uma pala em forma de tira com três navios que fazem referência ao comércio naval, e aos imigrantes que formaram o povo neo-zelandês.

       O escudo é sustentado por duas figuras: uma Dama de feições européias segurando a bandeira da Nova Zelândia no lado esquerdo; e um Guerreiro maori segurando a taiaha no lado direito. No topo do escudo há uma Cruz de São Eduardo, e abaixo do escudo, há dois ramos de Cyathea dealbata, uma folha típica do país e um listel contendo o nome do país em inglês: "NEW ZEALAND"

    O escudo central do brasão faz parte da Bandeira Neo-zelandesa Pessoal da Rainha.

    Primeiro Brasão

       O primeiro desenho do brasão, que durou até 1956, tinha o escudo idêntico, mas os arredores eram diferentes. No timbre havia um Leão segurando a Union Flag, a bandeira do Reino Unido. O listel possuia um mote, em inglês: "ONWARD". As primeiras edições do brasão possuíam, ao invés de dois ramos de Cyathea dealbata, uma armação.

       Os suportes também eram diferentes. A Dama possuía um cabelo castanho, e ambas as figuras estavam em frente do escudo. Apesar de não haver uma evidência concreta, acredita-se que o modelo que inspirou a Dama tenha sido o da socialite de Wellington, Alice Spragg. O modelo do Guerreiro é desconhecido.
     

    - Bandeira

       A bandeira da Nova Zelândia é azul marinho, e tem no seu lado de cima a esquerda a bandeira do Reino Unido, com mais 4 estelas á direita, que representam a constelação de Crux.




    Bandeiras anteriores

    Bandeira de 1834
    Foi adotada em 9 de março de 1834, após a independência do país eleita por votação pelos chefes maoris, se baseia nas bandeiras dos EUA e do Reino Unido.


    Bandeira de 1841
    Entrou em vigor após o Tratado de Waitangi, acordo entra britânicos e maoris. Ainda tem Crux e a bandeira é similar a do Reino Unido.






    Bandeira de 1869
    A bandeira é a mais similar a atual, a diferença é o NZ. (inglês:New Zealand)



    - Hino

       God Defend New Zealand ("Deus defenda a Nova Zelândia", em inglês) é um dos hinos nacionais oficiais, e o único comumente usado, da Nova Zelândia (o outro é God Save The Queen). Possui letra em inglês e maori.

    Os direitos de autor sobre a versão inglesa da letra expiraram em 1948, cinqüenta anos após a morte do autor. Há alguma discussão, mas nenhuma explicação oficial, sobre o significado de Pacific's triple star ("tríplice estrela do Pacífico").

    Letra em inglês

    God of nations at Thy feet,
    In the bonds of love we meet,
    Hear our voices, we entreat,
    God defend our free land.
    Guard Pacific's triple star,
    From the shafts of strife and war,
    Make her praises heard afar,
    God defend New Zealand.

    Men of ev'ry creed and race,
    Gather here before Thy face,
    Asking Thee to bless this place,
    God defend our free land.
    From dissension, envy, hate,
    And corruption guard our State,
    Make our country good and great,
    God defend New Zealand.

    Peace, not war, shall be our boast
    But, should foes assail our coast,
    Make us then a mighty host,
    God defend our free land.
    Lord of battles, in Thy might,
    Put our enemies to flight,
    Let our cause be just and right,
    God defend New Zealand.

    Let our love for Thee increase,
    May Thy blessings never cease,
    Give us plenty, give us peace,
    God defend our free land.
    From dishonour and from shame,
    Guard our country's spotless name,
    Crown her with immortal fame,
    God defend New Zealand.

    May our mountains ever be,
    Freedom's ramparts on the sea,
    Make us faithful unto thee,
    God defend our free land.
    Guide her in the nations' van,
    Preaching love and truth to man,
    Working out Thy Glorious plan,
    God defend New Zealand.

    Letra em português

    Deus das nações a Teus pés,
    Nas ligações do amor nós encontramo-nos com,
    Ouça nossas vozes, nós entreat,
    O deus defende nossa terra livre.
    Estrela tripla do protetor do Pacífico,
    Dos eixos do strife e da guerra,
    Faça-lhe os elogios ouvidos afar,
    Deus defenda a Nova Zelândia.

    Homens de todo credo e toda raça,
    Se juntem aqui ante da Tua face,
    Pedindo a Ti que abençoe este lugar,
    Deus defenda nossa terra livre.
    Do dissension, inveja, ódio,
    e da corrupção proteja nosso estado,
    Faça nosso país bom e grande,
    Deus defenda a Nova Zelândia.

    A paz, não guerra, será nosso boast
    Mas, se os inimigos aportarem em nossa costa,
    Faça-nos então um anfitrião poderoso,
    Deua defenda nossa terra livre.
    O senhor das batalhas, em Tua grandeza,
    Ponha nossos inimigos ao vôo,
    Deixe nossa causa ser justa e direita,
    Deus defenda a Nova Zelândia.

    Deixe nosso amor por Ti aumentar,
    Que suas bençãos nunca cessem,
    Dê-nos a abundância, dê-nos a paz,
    Deus defenda nossa terra livre.
    Da desonra e do vergonha,
    Guarde o nome sem mancha do nosso país,
    Coroe-a com fama imortal,
    Deus defenda a Nova Zelândia.

    Que nossas montanhas sempre existam,
    Ramparts da liberdade no mar,
    Faça-nos fiéis ante a Ti,
    Deus defenda nossa terra livre.
    Guie-a na camionete das nações,
    Pregando amor e verdade ao homem,
    Trabalhando Teu glorioso plano,
    Deus defenda a Nova Zelândia.

    Letra em māori

    E Ihowā sua,
    O ngā iwi mātou rā
    Āta whakarongona;
    Me aroha noa
    Kia hua ko te pai;
    Kia tau tō atawhai;
    Manaakitia mai
    Aotearoa

    Ōna mano tāngata
    Kiri whero, kiri mā,
    Iwi Māori Pākehā,
    Rūpeke katoa,
    Nei ka tono ko ngā hē
    Māu e whakaahu kē,
    Kia ora mārire
    Aotearoa

    Tōna mana kia tū!
    Tōna kaha kia ū;
    Tōna rongo hei pakū
    Ki te ao katoa
    Aua rawa ngā whawhai
    Ngā tutū a tata mai;
    Kia tupu nui ai
    Aotearoa

    Waiho tona takiwā
    Ko te ao mārama;
    Kia whiti tōna rā
    Taiāwhio noa.
    Ko te hae me te ngangau
    Meinga kia kore kau;
    Waiho i te rongo mau
    Aotearoa

    Tōna pai me toitū
    Tika rawa, pono pū;
    Tōna noho, tana tū;
    Iwi nō Ihowā.
    Kaua mōna whakamā;
    Kia hau te ingoa;
    Kia tū hei tauira;
    Aotearoa.

    - Hino oficial da NOVA ZELÂNDIA

    - Símbolos

     
     Kiwi - Animal símbolo da nova zelândia

       A Nova Zelândia, nação formada por um conjunto de ilhas situadas no oceano Pacífico Meridional, tem como animal-símbolo o estranho e aparentemente disforme kiwi, ave de tamanho um pouco maior que o de uma galinha, e cujo corpo é revestido de penas cinzentas e com cerdas compridas. Desprovida de asas, ela é dona de um bico longo - com as narinas implantadas na base, tersos fortes e três dedos em cada pata. Grande corredora, tem hábitos noturnos, vive geralmente nos bosques e em locais montanhosos, e se vale do olfato para encontrar as frutas, sementes, insetos e pequenos vermes com que se alimenta. Seu nome - kiwi - é onomatopaico, ou seja, provém do grito característico que emite, sendo interessante observar que o fruto kiwi (quiuí, em português) recebeu esse nome pela semelhança de sua cor com a da penugem da ave.

       O kiwi quase pode ser considerado um mamífero honorário. Ele parece um porco-espinho, alimenta-se e tem o olfato de um porco-espinho, mas na verdade é uma ave. Na Nova Zelândia, onde não há porcos-espinhos, esse estranho animal preenche o nicho ecológico ocupado pelos pequenos mamíferos espinhosos com os quais se assemelha. Ele tem todos os sentidos e a constituição física adequada para fuçar as folhas que cobrem o solo e para cavar a terra em busca de minhocas, lesmas e outros petiscos suculentos. Procurando comida à noite ele fuça o chão com seu bico longo e sensível, e enquanto a maioria das aves usa o tato ou a visão para esquadrinhar o solo e encontrar o seu alimento, o kiwi usa o olfato, valendo-se das narinas que tem na ponta do bico e dos receptores olfativos alojados na base do seu sistema respiratório. Sua membrana olfativa é dobrada em forma cilíndrica (convoluta), como a dos cães, para aumentar a área da superfície, mas embora o kiwi por causa disso possa parecer incomum, seu olfato não o torna o único com essa característica no mundo das aves.

       Os kiwis vivem aos pares e têm um único parceiro por toda a vida. Eles produzem ovos enormes (apenas um por ano), dez vezes maiores que os de uma galinha e com peso aproximado de 450 gramas, podendo representar até 20% do peso das fêmeas – o maior de todos os pássaros em relação ao tamanho do corpo. Apesar de sua aparência desajeitada e por não poderem voar, os kiwis são criaturas ágeis que podem correr mais do que humanos, e possuem garras afiadas utilizadas para se defender de seus inimigos. Eles são pássaros altamente territoriais que defendem seu espaço contra intrusos, mas apesar disso a sua população está diminuindo, não só devido a predadores como gatos, cachorros e ratos carnívoros, mas também pela destruição de seu habitat. Todas as seis espécies de kiwi encontram-se severamente ameaçadas de extinção.

       O kiwi é o menor representante das aves que não voam, ordem que inclui as emas e as avestruzes, mas a sua origem ainda é uma incógnita. Ao que tudo indica, a
    Nova Zelândia permaneceu desabitada até a chegada dos maoris, por volta do século 14, e nela não existiam animais mamíferos, introduzidos posteriormente pelos indígenas representantes da raça polinésia.

       As ilhas neozelandesas possuíam uma fauna com aspectos marcantes, pois foi somente nelas que se encontraram vestígios da existência da gigantesca ave incapaz de voar chamada moa. Além do mais, das diversas espécies existentes nas ilhas a mais corpulenta era a Dinormis robustus, com 3,60m de altura, aproximadamente, e que se extinguiu há cerca de 500 anos. Nas florestas mais espessas ainda se encontram o kiwi e o takahe, este último já considerado extinto mas redescoberto em 1950.

       Com relação ao tamanho dos ovos do kiwi, acredita-se que o maior já produzido por uma ave tenha sido o do já extinto pássaro elefante de Madagascar, de 3 metros de altura, criatura cujos ovos chegavam a pesar 11 quilos. Hoje, a recordista nesse campo é a avestruz fêmea africana, de 1,80m de altura, que põe ovos com até 1,5kg de peso, o que corresponde a apenas 1% do seu peso corporal. Geralmente, o tamanho do ovo das aves é determinado pelo tamanho do pássaro, embora diferentes estilos de vida possam levar a variações. As aves pernaltas e os pássaros de caça, por exemplo, botam ovos maiores que muitas aves de tamanho semelhante, o que é explicado pelo fato de que como os seus filhotes abandonam o ninho assim que saem dos ovos, para comerem por conta própria, precisam ser bem desenvolvidos. Por outro lado, espécies que ficam no ninho sendo alimentadas pelos pais, produzem ovos menores.

    - Kiwi
      



     ....

      

      
     Maori - Samambaia - Simbolo de Vida Tranquilidade e Recomeço  

       Samambaias são um dos símbolos da Nova Zelândia, são plantas que crescem apartir do menor espaço possível e alcançam até 10 metros de altura, essa metafora de vida sempre intrigou e foi relevante aos Maoris, essas plantas quando em brotos são chamadas de Koru, que simbolizam nova vida ou um novo começo.
    O plenamente desdobradas significam, vida e tranqüilidade devido a metafora que comentei, ou seja precisam de pouco para se tornarem grandes, e são um símbolo de orgulho Maori, quando eu ja disse encaracoladas ou na forma de um broto dão o sentido de recomeço, vida nova.

    - Samambaia


    - Origem

       Antes da chegada dos europeus, as ilhas da Nova Zelândia foram habitadas por um povo originário da Polinésia oriental. De acordo com a tradição oral maori, a chegada dos primeiros polinésios remonta no máximo ao século X. Contudo, a arqueologia aponta para uma época mais antiga, o que permite a distinção entre um período arcaico e outro posterior, ou maori clássico. Os primeiros povoadores polinésios, os quais chamaram o território de Terra da grande nuvem branca, encontraram grande número de moas (aves não voadoras), que transformaram em seu principal alimento. Quando os europeus chegaram, no período maori clássico, os moas haviam desaparecido e os nativos viviam da agricultura. Quando Cook chegou, havia aproximadamente 125.000 habitantes.

       No século XVIII, a população indígena era mais densa nas regiões do norte do país, mais quentes, onde a variante maori da cultura polinésia havia alcançado seu nível máximo, particularmente nas artes da guerra, da construção de canoas e casas, da tecelagem e da agricultura. A população, de algumas centenas de milhares de pessoas à chegada dos europeus, sofreu uma queda rápida no primeiro século de influência européia (do fim do século XVIII ao fim do século XIX).

       As ilhas da Nova Zelândia foram descobertas pelo navegante holandês Abel Janszoon Tasman, que avistou a costa de Westland em dezembro de 1642. Sua tentativa de desembarque desencadeou um confronto com uma tribo da ilha do Sul no qual morreram vários de seus homens. O capitão britânico James Cook, em sucessivas explorações a partir de 1769, mapeou minuciosamente as ilhas e reclamou-as para a Grã-Bretanha. Passaram-se quase setenta e cinco anos antes de que o governo britânico anexasse formalmente a Nova Zelândia. Seu primeiro contato com os maoris foi violento, mas posteriormente chegaram a estabelecer relações cordiais. Em 1777, por meio da publicação do diário de Cook, A Voyage Towards the South Pole and Round the World (Viagem ao pólo sul e ao redor do mundo), os europeus tomaram conhecimento da existência de novas terras em que a colonização era viável..

       A colonização comercial começou a partir de Nova Gales do Sul, na Austrália, e da Associação da Nova Zelândia (posteriormente Companhia-1837), de E. G. Wakefield. Os europeus que inicialmente se estabeleceram na Nova Zelândia eram degredados, marujos desertores ou caçadores de baleias. No final do século XVIII e princípio do século XIX, missionários e baleeiros britânicos fundaram colônias e centros comerciais. A imigração começou de forma sistemática de 1839 a 1840 com a ajuda da Companhia da Nova Zelândia.

       A introdução de armas de fogo entre os maoris aumentou o número de mortos nas lutas tribais. Por outro lado, a propagação do cristianismo e da cultura ocidental rompeu os laços tradicionais de união social, ao mesmo tempo que a economia comercial transformava o modo de vida dos maoris.

       Pressões humanitárias contribuíram para a decisão britânica da anexação parcial formal do território (1838) sob a alegação de que era necessário um governo legal para regulamentar as relações maoris-colonizadores. Enviou, então, no ano seguinte, para negociar com os maoris, na condição de cônsul, o capitão William Hobson, que anexou a ilha do Sul, com base no direito de descoberta. Em fevereiro de 1840, firmou-se o Tratado de Waitangi, através do qual os chefes maoris cederam a soberania da ilha do Norte para a coroa britânica em troca de justos direitos de propriedade como cidadãos britânicos. Também aceitaram vender suas terras, mas apenas à coroa. Em 1841, a Nova Zelândia tornou-se colônia britânica, tendo Auckland como capital.

       A colonização foi organizada pela Companhia da Nova Zelândia, que não respeitou o acordo com os chefes nativos e expulsou os maoris para os planaltos. As disputas entre os recém-chegados e os maoris sobre os direitos da terra culminaram com as guerras anglo-maoris ocorridas na ilha do Norte, entre 1845 e 1848 e entre 1860 e 1872, que dizimaram a população nativa e com repercussões negativas na economia da ilha. Como consequência destes conflitos, grande parte dos territórios maoris foram colonizados. A partir desse momento, as autoridades aplicaram uma política mais conciliadora.

       A ilha do Sul, alheia às guerras, teve um desenvolvimento econômico favorável, baseado na pecuária e na mineração de ouro. A descoberta do minério teve com conseqüência a corrida do ouro, entre 1841 e 1860, que gerou uma nova afluência de imigrantes.

       Em 1846, o governo britânico concedeu uma Constituição limitada (rescindida em 1848) para a Nova Zelândia, dividida nas províncias de Nova Munster e Nova Ulster, e em 1852 permitiu governos representativos nas ilhas. Criou-se um autogoverno responsável em 1856. As regulamentações de 1881 restringiram o influxo de asiáticos, que eram vistos como uma ameaça à pureza étnica do povo da Nova Zelândia. Estas regulamentações foram confirmadas pelo Ato de Restrição da Imigração (1920), cujos termos foram gradualmente liberalizados.

       Seguiu-se um período de depressão econômica e desemprego, aliviado na década de 1880 com o aumento do preço dos produtos pecuários. A introdução dos sistemas de refrigeração permitiu a exportação de carne e laticínios, que antes não podiam alcançar o mercado europeu.

       Durante o século XIX, o poder político foi comandado de maneira alternativa por alguns grupos liberais que careciam de coesão e pelos conservadores que eram, na sua maioria, terratenentes. De 1891 a 1912, uma série de governos liberais, que contavam com o apoio do partido trabalhista, impuseram o desenvolvimento econômico e conseguiu melhorar as relações sociais e trabalhistas, implantando políticas avançadas para a época (legislação social, previdência social, nacionalizações, reforma agrária, etc.). A qualificação para o voto segundo a posse de bens foi abolida e e, em 1893, a Nova Zelândia tornou-se o primeiro país a outorgar o direito do voto à mulher. A denominada "era liberal" foi, por conseguinte, um período de prosperidade favorecido pelo aumento, em 1895, dos preços internacionais do leite, da carne e da lã, condição que se manteve até 1920. Em 1910, criou-se o partido Trabalhista Independente.

       Os conservadores agrupados no Partido da Reforma, atingiram o poder em 1912. A recessão econômica, de 1921 a 1926, foi agravada com a depressão de 1930. Nas eleições parlamentares de 1935, o Partido Trabalhista conseguiu maioria absoluta, nacionalizou alguns setores da economia e instituiu o bem-estar social. A Nova Zelândia ganhou reputação mundial por garantir assistência médica, educação e previdência social a toda a população.

       Em 1907, a colônia recebeu o estatuto de Domínio da Commonwealth. Em 1931, a Nova Zelândia tornou-se domínio independente, apesar de somente em 1947 ter optado por ratificar formalmente o Estatuto de Westminster (legislação sobre o status dos domínios britânicos). Muitos neozelandeses lutaram ao lado dos britânicos durante a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial. Após a Segunda Guerra Mundial, concentrou-se na defesa do Pacífico e do Extremo Oriente, unindo-se aos Estados Unidos e à Austrália no pacto defensivo do ANZUS (iniciais de Australia, New Zealand e United States) entre 1951 e 1986, e enviando uma força militar ao Vietnã. Em 1956 instituiu-se o direito de voto para os maoris, que haviam iniciado o processo de recuperação de sua identidade cultural.

       O partido Trabalhista ganhou as eleições de 1949 e, novamente, em 1957, coincidindo com a crise econômica que caracterizou a década de 1960. Desde o começo dessa década, os partidos Nacional e Trabalhista, se alternaram no poder. Depois do ingresso da Grã-Bretanha na Comunidade Europeia (1973), a Nova Zelândia fortaleceu seus laços comerciais com a Austrália, firmando um acordo quanto à cooperação entre os dois países, e com seus vizinhos do Pacífico. Em 1984 voltou ao poder o Partido Trabalhista, tendo o trabalhista David Lange tornado-se primeiro-ministro. O novo governo, sem abandonar o ANZUS, tentou proibir a utilização de seus portos por embarcações com armas nucleares, o que provocou tensões com os Estados Unidos. A atitude antinuclear da população e do governo neozelandeses causou também problemas com a França. A política não-nuclear adotada acabou levando à retirada da Nova Zelândia da ANZUS.

       Em 1990, o partido Nacional venceu as eleições e o conservador James Bolger (Jim Bolger) assumiu como primeiro-ministro. Confirmou a posição não-nuclear assumida pelos trabalhistas, mas foi feita uma ampla reforma ampliando a privatização das indústrias estatais e impondo fortes reduções nos serviços de bem-estar social. Introduziu severos cortes na previdência social, deu fim à educação gratuita e introduziu o pagamento por serviços na área da saúde. Em 1992, os neozelandeses votaram pela troca do sistema eleitoral por um sistema proporcional misto que aumentaria o poder dos partidos minoritários. A reforma eleitoral foi incorporada às eleições gerais de 1996.

       Os direitos da população maori têm sido uma questão-chave nos últimos 30 anos. O ativismo maori foi intenso durante as décadas de 1960 e 1970, reivindicando o uso da língua, dos programas que preservam sua cultura e sua arte e da devolução das terras, segundo o Tratado de Waitangi. Em 1975, foi criado um tribunal sobre a situação da terra desse povo. Os maiores problemas referiam-se às grandes extensões de terra que pertenciam à coroa. Uma série de acordos foram estabelecidos com as distintas tribos. Em 1995, foi estabelecido um acordo que comportava o pagamento e a devolução das terras cedidas ilegalmente aos europeus durante a década de 1860.

    - Imagens

    Pra quem quiser conhecer mais sobre a Nova Zelândia. ( fotos especificamente )

    Imagem 1

    Imagem 2

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    - Nomenclatura

    A Nova Zelândia (em Inglês New Zealand, em maori Aotearoa) é um país insular no sudoeste do Oceano Pacífico formado por duas massas de terra principais (comumente chamadas de Ilha do Norte e Ilha do Sul) e por numerosas ilhas menores, sendo as mais notáveis as ilhas Stewart e Chatham. O nome indígena na língua maori para a Nova Zelândia é Aotearoa, normalmente traduzido como "A Terra da Grande Nuvem Branca". Os Domínios da Nova Zelândia também incluem as Ilhas Cook e Niue (que se auto-governam mas em associação livre); Tokelau; e a Dependência de Ross (reivindicação territorial da Nova Zelândia na Antártida).
    A Nova Zelândia é notável por seu isolamento geográfico: está situada a cerca de 2000 km a sudeste da Austrália através do mar da Tasmânia e os seus vizinhos mais próximos no norte são a Nova Caledônia, Fiji e Tonga. Devido ao seu isolamento, a Nova Zelândia desenvolveu uma fauna distinta dominada por pássaros, alguns dos quais foram extintos após a chegada dos seres humanos e dos mamíferos introduzidos por eles.
    A maioria da população da Nova Zelândia é de ascendência Européia, os nativos Māoris são a maior minoria. Asiáticos e polinésios não-Māori também são grupos de minoria significativa, especialmente em áreas urbanas. A língua mais falada é o Inglês.
    A Nova Zelândia é um país desenvolvido que se posiciona muito bem em comparações internacionais sobre o desenvolvimento humano, qualidade de vida, esperança de vida, alfabetização, educação pública, paz, prosperidade, liberdade econômica, facilidade de fazer negócios, falta de corrupção, liberdade de imprensa e proteção das liberdades civis e dos direitos políticos. Suas cidades também são consideradas as mais habitáveis do mundo.